ARME estabelece novos preços máximos dos combustíveis para abril

A Agência Reguladora Multissetorial da Economia (ARME) acaba de estabelecer os novos preços máximos dos combustíveis, que entram em vigor a partir das 00h00 do dia 1 de abril, de acordo com o mecanismo de indexação mensal, tendo os produtos petrolíferos registado um decréscimo médio de 0,2 por cento.

Deste modo, de acordo com a nova tabela, com exceção dos preços da gasolina, do butano, do fuel 180 e do fuel 380, os preços do petróleo, do gasóleo normal, do gasóleo para eletricidade e do gasóleo marinha sofreram uma diminuição, passando, doravante, a gasolina a ser vendida a 148,50 ESC/L; o petróleo, a 140,00 ESC/L; o Gasóleo normal, a 128,30 ESC/L; o Gasóleo para Eletricidade, a 114,60 ESC/L; o Gasóleo Marinha, a 99,20 ESC/L. O Fuel 380 passa a ser vendido a 91,60 ESC/Kg e o Fuel 180, a 94,40 ESC/kg.

Por seu turno, o Gás butano passa a valer a granel, 148,90 ESC/KG, sendo que as garrafas de 12,5Kg, vendidas a 1862,00 ESC; as de 6Kg, a 894,00 ESC; as de 3 Kg, a 424,00 ESC e as de 55Kg, a 8191,00 ESC.

Preços dos Combustíveis no Mercado Interno:

Em termos percentuais, no mercado interno, os preços do Butano, da Gasolina, do Fuelóleo 180 e do Fuelóleo 380 aumentaram em 1,36%, 3,41%, 1,51% e 2,23%, respetivamente, enquanto os do Petróleo, do Gasóleo Normal, do Gasóleo Eletricidade e do Gasóleo Marinha diminuíram em 2,51%, 2,36%, 2,63% e 2,65%, respetivamente, pelo que  tudo somado, corresponde a um decréscimo médio de 0,20%,  nos preços dos combustíveis.

Entretanto, quando comparado com  o período homólogo (abril de 2023), a variação média dos preços dos combustíveis corresponde a uma diminuição de 0,83% e, relativamente à variação média ao longo do ano em curso, corresponde a um aumento de 2,16 por cento.   

Cotações dos Derivados de Petróleo: 

De acordo com os dados publicados no Platts European Marketscan e LPGasWire, os preços médios dos combustíveis nos mercados internacionais, cotados em dólares por toneladas métricas (USD/MT), comercializados em Cabo Verde, aumentaram, em média, em 0,39% de fevereiro a março. Quando consideradas individualmente, as cotações do Butano, da Gasolina e do Fuelóleo 0,5% aumentaram em 2,52%, 4,99% e 2,70%, respetivamente, enquanto as do Jet A1 e do Gasóleo ULSD diminuíram em 4,30% e 3,94 por cento, respetivamente. 

Motivos da subida de preços do petróleo no mês de março:

As principais razões que levaram  à subida de preços do petróleo, no mês de março, foram as seguintes:

- A informação de que houve redução das exportações de petróleo bruto no Iraque e na Arábia Saudita;

- O aumento da procura de petróleo após o prolongamento dos cortes voluntários de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (OPEP+), os ataques da Ucrânia às refinarias russas e o crescimento económico registado nos Estados Unidos da América (EUA) e na China;

- A previsão da Agência Internacional de Energia (AIE) de que a procura global de petróleo deverá subir 1,3 milhões de barris diários em 2024.  

Entretanto, nota-se que esta subida foi atenuada, sobretudo, pelos juros que continuam altos nos EUA e que só devem sofrer os primeiros cortes pela Reserva Federal norte-americana em meados deste ano e pelas perspetivas revisadas, para 2024, da Administração de Informação sobre Energia dos EUA, que elevou a previsão para a produção doméstica de petróleo bruto. 

Cotações de Câmbios:

Recorde-se que, que os preços do petróleo e dos seus derivados são cotados em dólar, e a referência para a aquisição dos derivados de petróleo em Cabo Verde é a cotação euro/dólar do último dia útil da BLOOMBERG (14 horas no horário de Frankfurt).

Assim, a cotação do euro do último dia útil do mês de março (1,0802) registou uma depreciação de 0,25% face ao dólar, comparado ao câmbio do último dia útil do mês de fevereiro (1,0829). Esta evolução do câmbio tende a aumentar os preços dos produtos petrolíferos no mercado interno, correspondendo a um aumento médio dos preços dos combustíveis de 0,19 por cento.

Os novos preços máximos de venda ao consumidor final devem vigorar entre os dias 1 e 30 de abril de 2024.

Anexo: